Nos últimos anos a procura pelo profissional Nutricionista tem crescido de forma exponencial, haja vista as divulgações em mídias sobre diversos temas sempre relacionados a alimentação.
Saiba mais da importância desse profissional no emagrecimento na matéria de hoje.
Por: Nutricionista Isabelle Mastelaro
Emagrecimento e perda de peso: Saiba a diferença!
Nos últimos anos a procura pelo profissional Nutricionista tem crescido de forma exponencial, haja vista as divulgações em mídias sobre diversos temas sempre relacionados a alimentação. O público que procura esse tipo de serviço em sua grande maioria tem como objetivo o emagrecimento. Os pacientes já comparecem a consulta com várias propostas em mente, dietas que já executaram antes. Isso sem contar as cápsulas que viram na revista, sucos e alimentos intitulados “milagrosos”.
O que poucos sabem é que quando falamos em perda de peso precisamos ir mais fundo nessa definição. O que perdemos nesse “peso”? Quanto é considerada uma perda “saudável”?
Nesse sentido, precisamos compreender que perda de peso em si não é emagrecimento.
Situações em que ocorre uma desidratação, ou períodos longos de jejum ou prática de exercício, podem levar a uma redução no peso de balança, e isso geralmente é transitório. O processo de emagrecimento tem como finalidade a perda de gordura corporal. Para quantificarmos essa perda usamos métodos como medida de circunferências, dobras cutâneas e avaliação de bioimpedância.
Após avaliação, traçamos com o paciente metas a curto e longo prazo, para que não sejam criadas falsas expectativas. Recomendamos que o paciente só se pese na consulta, assim reduzimos a chance de perda de adesão ao planejamento.
Caso ele queira muito acompanhar o peso, o ideal é que se pese sempre no meio da semana. Que seja feito apenas uma vez, na mesma balança e vá anotando ao longo das semanas.
No geral no final de semana consome-se menos água e adicionamos alimentos menos comuns na semana, como bebida alcoólica e alimentos ricos em farinha e açúcar. Essas mudanças contribuem para uma variação de peso, muitas vezes devido a uma retenção de líquido.
O Nutricionista guiando o processo
O processo de emagrecimento se relaciona cerca de 70% com adesão do paciente ao que é proposto pelo Nutricionista, ou seja, adequar as expectativas com o que é possível ser executado.
Aos poucos ajustamos hábitos diários que podem ser melhorados, como: falta de água, sono curto, alto consumo de industrializados, muitas horas em jejum, etc. O nível de estresse diário no trabalho ou com a família é um fator muito importante. O indivíduo que está infeliz ou ansioso com algo, tende a consumir alimentos em busca de pequenos prazeres, doces, álcool, massas, e muitas vezes não se atenta a isso.
O caminho para adesão do paciente e resultados positivos é o equilíbrio. Precisamos ensina-lo quando e como incluir os alimentos, ao invés de dizer que ele NÃO PODE ou NÃO DEVE consumir algo.
Tudo aquilo que envolve uma privação por longos períodos gera uma relação negativa com a alimentação e o prazer em comer. Começa com a privação de comer um determinado alimento (chocolate, refrigerante, pão), em geral algo que a pessoa não considere “saudável”.
Quando surge um momento de ansiedade ou descontrole tudo é descontado na ingestão excessiva, para compensar um sentimento ruim. Nesse momento, não somos capazes de controlar o que comemos, e também de racionalizar o porquê fazemos isso. Geralmente, após o ato, vem acompanhado uma grande frustração e sentimento de culpa.
A importância da boa relação com os alimentos
Gosto de ensinar que não existem alimentos ruins ou bons, existe a forma e quantidade que os consome. Isso e os momentos certos para os incluir. Assim, as pessoas não rotulam os prazeres alimentares como “dia do lixo”, “gordices”, e outras nomenclaturas ruins e punitivas.
O paciente começa a entender que tem espaço para o doce, álcool, farinhas e açúcares, desde que com equilíbrio.
Somando todos esses fatores podemos através de um bom acompanhamento aliviar a grande pressão no indivíduo que busca o emagrecimento. A melhor forma de iniciar o trabalho de novos hábitos é instituir um por um. Depois, acrescente uma pequena meta, palpável, que traga motivação a continuar o processo.
Começamos pelas principais dificuldades, colocando objetivos aparentemente simples, mas que auxiliam na organização e planejamento do paciente.
Exemplo: nessas semanas você irá beber 1 copo de 250ml de água sempre que for fazer suas refeições. Dessa forma, você lembra de se hidratar, sem grandes preocupações com esse novo hábito.
Sem perceber a pessoa integra as novas propostas em sua rotina, e a cada retorno traz as dificuldades que vivenciou, e com discussões presenciais podemos progredir passo a passo. Acredito que esse método seja eficaz pois não criamos dependentes, trabalhamos a individualidade de cada um, ensinando de fato um comer consciente. Isso com certeza permite que os hábitos aprendidos sejam duradouros e auxiliem posteriormente na manutenção da composição corporal conquistada.
Por Nutricionista Isabelle Mastelaro – Nutrição Clínica e Consultoria Nutricional
CRN-3 46886
Graduada em Nutrição e Metabolismo pela Universidade de São Paulo – USP Ribeirão Preto
E-mail: mastelaro.nutricionista@gmail.com
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